Imagem por:Lucas Leal/Canal 38

Moradores do Jardim Espanha, em Apucarana, foram surpreendidos por relatos alarmantes de avistamento de uma onça na Rua Michael Cernescu.

Foto: Lucas Leal/Canal 38

Diante da preocupação da comunidade, equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e o biólogo e Repórter Selvagem do Canal 38 foram acionados nesta noite de quarta-feira (24), e deslocaram-se imediatamente para o local a fim de realizar buscas e orientar os moradores.

Foto: Lucas Leal/Canal 38

Os relatos dos moradores indicam que a onça foi avistada nas proximidades do pasto, o que gerou grande apreensão na região. As equipes estão mobilizadas para localizar o animal e garantir a segurança dos residentes.

Um vizinho relatou que seu cachorro está desaparecido há oito dias, levantando suspeitas de que ele possa ter sido vítima de um ataque da onça. Esta informação aumenta a preocupação da comunidade e reforça a importância das autoridades agirem rapidamente para resolver a situação.

As buscas estão em andamento, e os moradores estão sendo orientados a permanecerem em locais seguros até que a situação seja resolvida. A presença da onça representa um perigo potencial não apenas para os animais domésticos, mas também para os próprios moradores.

A comunidade aguarda ansiosamente por atualizações das autoridades sobre o andamento das buscas e espera que a situação seja resolvida de forma segura e eficiente. A colaboração entre as equipes de resgate e os moradores é fundamental para lidar com essa situação delicada e garantir o bem-estar de todos na área afetada.

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Imagem por:João Fantazzini/instagram

Animal deveria ter chegado em Sinop (MT), mas foi para Fortaleza

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos informaram nesta quarta-feira (24) que foi instaurado um processo administrativo para apurar a morte de um cão da raça golden retriever durante o voo G3 1527 da empresa Gol.

Em nota conjunta, a agência e o ministério informaram que já solicitaram à Gol os “detalhes sobre as condições de transporte do animal, o seu envio para localidade diversa da contratada e as condições para a prestação desse tipo de serviço”.

O cão Joca, de 5 anos, morreu após ter sido levado a cidade de Sinop, em Mato Grosso, a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 22 deste mês.

No entanto, a empresa colocou o animal em outro voo, com destino a Fortaleza. Ao constatar o erro, a companhia enviou o cachorro de volta a Guarulhos. Todo o procedimento levou cerca de 8 horas, tempo muito maior do que as duas horas e meia, inicialmente previstas. Joca foi encontrado morto ao chegar em Guarulhos.

Tutor do animal, João Fantazzini usou as redes sociais, onde rotineiramente postava fotos com o pet, para lamentar a perda do amigo.

“O meu amor foi assassinado, minha melhor escolha, amor da minha vida. Você foi muito novo!! Eu me lembro do dia que eu te peguei e a nossa conexão foi momentânea! Meu filho, me perdoa por ter sido egoísta de querer você ao meu lado! Você é o amor da minha vida para sempre! Minha saudade vai ser diária! Saudades de dar a sua maçã toda manhã, levar você para a piscina e de cuidar de você diariamente! Obrigado por tudo meu companheiro! A Gollog e a Gol mataram você! Mas eu vou lembrar sempre de você. Obrigado por ser meu parceiro nesses 5 anos”, postou Fantazzini.

O que diz a Gol
Em nota, a empresa aérea lamentou o ocorrido. “A companhia está oferecendo desde o primeiro momento todo o suporte necessário ao tutor e sua família. A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com total prioridade pelo nosso time”, informou.

A companhia acrescentou ter suspendido por 30 dias, contados a partir desta quarta-feira (24), a venda do serviço de transporte de cães e gatos pela Gollog Animais e pelo produto Dog&Cat + Espaço, para viagens no porão das aeronaves.

“Para os clientes que contrataram o transporte do seu pet entre 24 de abril a 23 de maio de 2024 por meio dos serviços que estão com restrição, poderão optar por restituição total do valor, inclusive do valor da sua passagem (no caso de Dog&Cat + Espaço), ou por postergar a viagem, sem custo, para depois de 23 de maio em voos até 31 de dezembro de 2024”, informou a empresa.

“O serviço Dog&Cat Cabine, para clientes que levam seus pets na cabine do avião, não sofrerá nenhuma alteração”, acrescentou.

Edição: Carolina Pimentel

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Imagem por:Albari Rosa/Arquivo AEN

Além de impactar a vida de milhares de famílias, os sinistros de trânsito são um desafio para a saúde pública.

Nos últimos dois anos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 6.060 jovens de 20 a 29 anos foram internados por lesões de trânsito em hospitais públicos ou que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 1.119 morreram em decorrência de acidentes no Paraná. As internações hospitalares dessa faixa etária custaram aproximadamente R$ 10,2 milhões no período (2022 e 2023). Os dados de 2023 ainda são preliminares, assim como os de 2024, com 104 jovens já internados.

O levantamento se estende ainda às outras faixas etárias. De acordo com o Sistema de Informação Hospitalares (SIH), em 2022 foram registrados 10.527 internamentos e, em 2023, 10.591. Esses números são referentes a toda a população, desde os recém-nascidos até as pessoas acima dos 60 anos. Homens se acidentam muito mais que mulheres: em 2023 foram 7,9 mil homens e 2,5 mil mulheres. O investimento nesses dois anos chegou a R$ 36 milhões, o que daria pra financiar, por exemplo, três novos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs).

Entre 2022 e 2023 foram 34 internamentos de bebês com menos de um ano, 155 de crianças de 1 a 4 anos e 363 de crianças de 5 a 9 anos. Entre adultos, foram 3.994 internamentos por lesões de trânsito entre 30 e 39 anos e 3.295 entre 40 e 49 anos. Foram, ainda, 2.218 internamentos de idosos com mais de 60 anos.

Os acidentes com motocicletas foram as principais causas dos internamentos e óbitos. Foram 60.044 de 2010 até 2023, com piora nos dados no decorrer dos anos, sendo o recorde justamente em 2023, com 5.927. Os ocupantes de veículos sofreram 18.330 acidentes com internação desde 2010. Nesse caso, no entanto, há uma tendência de diminuição. Em 2010 foram 1.602 e em 2023, 1.326. Foram, ainda, 18.521 acidentes com pedestres e 9.351 com ciclistas no mesmo período.

Em relação aos óbitos, apenas em 2022 foram 485 pedestres, 148 ciclistas, 785 motociclistas, 947 ocupantes de automóveis e caminhonetes e 113 motoristas ou passageiros de veículos pesados. Mesmo com os números altos, há tendência de queda desde 2012, quando houve um pico de 3.624 óbitos. O número reduziu para 3.148 em 2013, 3.045 em 2014, 2.722 em 2015, 2.547 em 2017 e 2.427 em 2019. Logo em seguida as mortes voltaram a subir e chegaram a 2.721 em 2022.

Segundo o secretário da Saúde, Beto Preto, os dados ajudam a desenhar um panorama do impacto da violência do trânsito no Sistema Único de Saúde, que abrange custos assistenciais, sobrecarga de serviços em momentos específicos e mortalidade prematura. Além do aspecto financeiro, os sinistros de trânsito podem gerar incapacidades, impactando na qualidade de vida das pessoas envolvidas.

“Os dados das internações no SUS por lesões de trânsito são muito preocupantes, mas ainda não são um ponto final, porque os acidentes resultam em inúmeros outros problemas. Infelizmente os jovens são as principais vítimas. A vigilância e a educação devem ser permanentes”, disse o secretário. “Estamos a uma semana do Maio Amarelo, mês de conscientização para a redução de acidentes. A prevenção e alerta ainda são o melhor caminho para se evitar essas estatísticas”.

“O Detran-PR está atualmente concentrando seus esforços de educação no trânsito nos motociclistas, que representam os principais envolvidos em sinistros e são especialmente vulneráveis. Nosso foco é na educação e conscientização dos agentes que compõe o trânsito”, complementou o diretor-presidente do órgão, Adriano Furtado.

PREVENÇÃO – O Detran-PR e outros órgãos do Estado, com apoio da Sesa, trabalham dentro das premissas da Promoção da Saúde e Prevenção das Violências e Acidentes no Paraná, baseando-se na perspectiva da Cultura de Paz, que engloba a garantia de direitos, estratégias de não violência, promoção da saúde e respeito à vida e ao meio ambiente. No sentido da prevenção, para 2024 o Conselho Nacional de Trânsito estabeleceu como tema para as campanhas educativas de trânsito a mensagem “Paz no trânsito começa por você”.

O Projeto Nacional Vida no Trânsito (PVT), coordenado pelo Ministério da Saúde juntamente com a Organização Pan-Americana de Saúde e apoiado por parceiros nacionais e internacionais, é outra iniciativa voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU). A coordenação da Comissão Estadual é compartilhada entre a Sesa e o Detran-PR.

Catorze municípios aderiram e executam o PVT: Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama. Eles precisam montar comissões intersetoriais e nomear um grupo de trabalho de gestão e integração de dados, o que ajuda a mapear o cenário local.

Segundo a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira de Oliveira, o Paraná trabalha para a redução da morbimortalidade por violências e acidentes, tendo metas pactuadas no Plano Estadual de Ações Estratégicas para Enfrentamento de Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis 2023 – 2030 do Paraná (Plano de Dant). “Trabalhamos a fim de reduzir em 50% a taxa de mortalidade por lesões de trânsito no Paraná até 2030, prevendo várias ações no âmbito do Paraná”, afirmou.

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Imagem por:IMAGEM ILUSTRATIVA

Novo limite foi definido pelo Conselho Nacional da Previdência Social

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras operações de crédito consignado. Por 14 votos a 1, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou nesta quarta-feira (28) o novo limite de juros de 1,68% ao mês para essas operações.

O novo teto é 0,04 ponto percentual menor que o limite atual, de 1,72% ao mês, nível que vigorava desde fevereiro. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado caiu de 2,55% para 2,49% ao mês.

Propostas pelo próprio governo, as medidas entram em vigor oito dias após a instrução normativa ser publicada no Diário Oficial da União, o que ocorrerá nos próximos dias. Normalmente, o prazo seria cinco dias, mas foi estendido a pedido dos bancos.

A justificativa para a redução foi o corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da economia). No fim de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos de 11,25% para 10,75% ao ano. Desde agosto, quando começaram os cortes na Selic, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que a pasta acompanha o movimento a fim de propor reduções no teto do consignado à medida que os juros baixarem. As mudanças têm de ser aprovadas pelo CNPS.

Assim como nas últimas reuniões, os bancos têm votado contra a medida, alegando descompasso entre os juros do consignado e a realidade do mercado financeiro. Em fevereiro, as instituições financeiras conseguiram aprovar um dispositivo que insere, como referência para o crédito consignado, a taxa do Depósito Interbancário (DI) no prazo médio de dois anos. Esse indicador é tradicionalmente usado para calcular os rendimentos das aplicações em renda fixa.

Com o novo teto, os bancos oficiais terão de reduzir as taxas para o consignado do INSS para continuarem a emprestar pela modalidade. Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), o Banco do Nordeste cobra 1,76% ao mês; e o Banco do Brasil, 1,74% ao mês. O Banco da Amazônia cobra 1,77% ao mês.

Como estão acima do teto atual, essas taxas na prática significam que as instituições suspenderam a oferta desse tipo de crédito. Entre os bancos federais, apenas a Caixa cobra menos que o limite atual de 1,72% ao mês, com taxa de 1,71% ao mês, mas a instituição terá de reduzir a taxa para enquadrar-se no novo teto.

Impasse
O limite dos juros do crédito consignado do INSS foi objeto de embates no ano passado. Em março de 2023, o CNPS reduziu o teto para 1,7% ao ano. A decisão opôs os ministérios da Previdência Social e da Fazenda.

Os bancos suspenderam a oferta, alegando que a medida provocava desequilíbrios nas instituições financeiras. Sob protesto das centrais sindicais, o Banco do Brasil e a Caixa também deixaram de conceder os empréstimos porque o teto de 1,7% ao mês era inferior ao cobrado pelas instituições.

A decisão coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que arbitrou o impasse e, no fim de março do ano passado, decidiu pelo teto de 1,97% ao mês. O Ministério da Previdência defendia teto de 1,87% ao mês, equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal antes da suspensão do crédito consignado para os aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia um limite de 1,99% ao mês, que permitia ao Banco do Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a concessão de empréstimos.

Edição: Juliana Andrade

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Imagem por:Lula Marques/Agência Brasil

Proposta ainda passará por nova votação na comissão

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (24), por 16 votos a 10, o projeto de lei (PL) que prorroga por dez anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a administração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações públicas e autarquias.

Além disso, o texto aumenta dos atuais 20% para 30% o total das vagas reservadas para cotas raciais, incluindo ainda os grupos dos indígenas e quilombolas. Atualmente, as cotas raciais para concursos alcançam apenas a população negra, que inclui pretos e pardos. A lei de cotas para concursos, que é de 2014, vence dia 9 de junho deste ano.

O projeto deve passar por uma votação suplementar na CCJ do Senado, ainda sem data marcada. Como tem caráter terminativo, se novamente aprovado, o texto segue direto para Câmara dos Deputados, sem precisar passar pelo plenário do Senado. A exceção é se nove senadores apresentarem recursos contra a matéria, o que pode levar o tema ao plenário.

O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), defendeu a necessidade de prorrogar a política de cotas raciais em concursos públicos argumentando que o racismo segue vivo na sociedade brasileira e mundial. Ele destacou ainda que, apesar de ter aumentado, a representação de negros na administração pública ainda é baixa.

“Um negro no serviço público, um negro no Ministério das Relações Exteriores é mais do que simplesmente um funcionário, é uma voz viva de que é possível se superar o racismo, a discriminação e promover um desenho do Brasil no serviço público que retrate o desenho do Brasil na realidade”, argumentou.

Embora pretos e pardos somem 56% da população, eles compõem 40% da administração pública federal. Nas carreiras de nível superior, só há 27,5% de negros. Entre juízes, apenas 14,5%, segundo dados do Observatório do Pessoal do Governo Federal sistematizados pelo Coletivo Maria Firmina de Servidores(as) Públicos Negros(as).

O projeto foi criticado por senadores da oposição. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), argumentou que as cotas deveriam ser apenas sociais, para pessoas de baixa renda.

“Nós estamos abrindo mão do mérito. Nós estamos abrindo mão da proficiência. Nós estamos abrindo mão da produtividade. Nós precisamos melhorar o nosso sistema educacional”, comentou.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) também criticou o projeto, argumentando que as cotas raciais deveriam se limitar às universidades e que devem ser provisórias.

“Melhorar a sociedade passa por meritocracia. Se várias pessoas tentaram e se prepararam para um concurso público, e se elas estavam em igualdade de condições, a cor não justifica o privilégio a mais. Porque as cotas têm que ser antes [do concurso]”, disse.

O relator Humberto Costa tentou rebater as críticas ao projeto. Ele lembrou que a questão racial vai além do social. “Quando um jogador de futebol bem-sucedido, rico, um ídolo, é chamado de macaco num jogo de futebol, num país que se pretende desenvolvido cultural e socialmente, esse discurso de que o problema é meramente social, ele cai por terra”, destacou.

Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) reforçou que a qualidade do serviço público está resguardada com o projeto porque a cota só vale para quem for aprovado no concurso.

“Ele pode não estar em primeiro do ranking, em segundo, em terceiro. Mas ele passou pelo crivo do concurso público. E não terá o risco, para não ter mal compreendido, de que se está impondo a um cidadão atendimento de segunda categoria”, destacou.

Por outro lado, o senador Marcos Rogério (PL-RO) argumentou que o projeto divide a sociedade. “As cotas raciais, para mim, elas criam o pior cenário possível. Porque ela admite a discriminação racial para atingir um objetivo político, o que leva a uma situação onde as pessoas não são julgadas pelo que são ou pelo que fazem, mas pela cor de sua pele ou por sua origem étnica”, argumentou.

Modificações

Na semana passada, o relator Humberto Costa acatou uma série de emendas da oposição para aumentar o apoio ao projeto, reduzindo, por exemplo, de 25 para dez ano o prazo de validade da política.

Costa ainda acatou o pedido para excluir o artigo que previa metas de representatividade étnico-racial nos quadros do serviço público, a exemplo da ocupação dos cargos de chefia, que deveria respeitar a proporção populacional dos grupos raciais calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Outras emendas acatadas pelo relator criaram novas regras para verificação da raça do participante do concurso, como a exigência de normas padronizadas nacionalmente, e também mais diretrizes para o combate às fraudes.

Edição: Juliana Andrade

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Imagem por:Embaixada da Hungria/Divulgação

Em fevereiro, ex-presidente passou dois dias na embaixada, em Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu nesta quarta-feira (24) que não há provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediria asilo ao permanecer por dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro deste ano. A estadia de Bolsonaro na embaixada foi divulgada pelo jornal The New York Times.

Ao avaliar o caso, Moraes argumentou que o ex-presidente não violou a medida cautelar que o proíbe de se ausentar do país.

“Não há elementos concretos que indiquem efetivamente que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento”, afirmou o ministro.

Moraes, no entanto, manteve a apreensão do passaporte do ex-presidente. A retenção do documento e a proibição de sair do país foram determinadas pelo ministro após Bolsonaro ser alvo de uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no país após o resultado das eleições de 2022.

“A situação fática permanece inalterada, não havendo necessidade de alteração nas medidas cautelares já determinadas”, escreveu Moraes.

Hospedagem
A estadia de Bolsonaro na embaixada foi divulgada pelo jornal The New York Times. O jornal analisou as imagens das câmeras de segurança do local e imagens de satélite, que mostram que ele chegou no dia 12 de fevereiro à tarde e saiu na tarde do dia 14 de fevereiro.

As imagens mostram que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo o jornal, os funcionários estavam de férias e a estadia de Bolsonaro ocorreu durante o feriado de carnaval.

Segundo a reportagem, no dia 14 de fevereiro os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana.

Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Ambos trocam constantes elogios públicos.

Edição: Fernando Fraga

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Imagem por:IMAGEM ILUSTRATIVA/PIXABAY

Prisões ocorreram no DF, RJ e SP por importação de óleo de maconha

Policiais civis do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo detiveram, nesta quarta-feira (24), sete pessoas suspeitas de importar e revender, ilegalmente, óleo de maconha. Duas pessoas apontadas como líderes do suposto esquema não foram localizadas e seguem foragidas.

As prisões têm caráter preventivo. A ação, batizada de Operação Refil Verde, foi coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal, no âmbito da Operação Narke, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo o delegado Rogério Rezende, da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) do Distrito Federal, os suspeitos operavam um sofisticado esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, com ramificações em diferentes unidades federativas.

Ainda de acordo com o delegado, as investigações começaram há cerca de um ano, depois que os Correios comunicaram à Polícia Civil do Distrito Federal que funcionários da empresa tinham retido uma encomenda suspeita. No decorrer da apuração, os investigadores reuniram provas de que os nove suspeitos compravam uma grande quantidade de óleo de cannabis de empresas dos Estados Unidos. O produto era enviado para endereços no Paraguai, misturado em potes de cera para depilação.

“Do Paraguai, o produto era trazido para o Brasil via Foz do Iguaçu (PR)”, afirmou Rezende a jornalistas. O produto era então remetido, pelos Correios, para São Paulo, onde parte do grupo o dissolvia. O óleo de maconha era então envasado em frascos comprados da China, identificados com uma logomarca do produto, e revendido para o restante do país. Segundo Rezende, em apenas um mês, o grupo chegou a movimentar cerca de R$ 2 milhões com o esquema.

Além dos acusados de adquirir, preparar e distribuir a substância, o suposto esquema contava ainda com um profissional encarregado de criar e administrar os sites na internet e perfis em redes sociais que o grupo usava para vender o óleo de cannabis e os cigarros eletrônicos para consumo da substância. Nesta quarta-feira, a Anvisa proibiu a fabricação, importação, comercialização e distribuição de cigarros eletrônicos.

“Em dado momento, o rapaz da tecnologia pediu para deixar de ser remunerado como mero ajudante, para receber como membro da organização. Porque ele viu o quanto de dinheiro isso estava rendendo e que ele era o responsável por organizar o braço tecnológico”, comentou Rezende, revelando que o rapaz foi detido no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a prisão ocorreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ).

Ainda segundo os investigadores, os suspeitos abriam contas bancárias fraudulentas em nomes de terceiros, burlando tecnologias de reconhecimento facial. Também criavam empresas fantasmas e usavam documentos falsos para tentar impedir que as autoridades públicas identificassem a existência de um “complexo sistema de lavagem de dinheiro proveniente do mercado ilícito das drogas”.

Influenciadoras
O grupo também contava com a visibilidade de influenciadores digitais de diferentes regiões, contratados para “divulgar os produtos”, expandido as vendas para todo o país. Três influenciadoras brasilienses com milhares de seguidores nas redes sociais estão entre os sete presos preventivos esta manhã.

“Estas influenciadoras eram responsáveis por fazer a propaganda do entorpecente. [Em vídeos, elas] fumavam, falavam sobre o barato que ele dava e o vendiam. Ainda não sabemos se elas eram remuneradas por percentual de venda ou se havia um pagamento mensal”, acrescentou Rezende, destacando que os investigados também podem responder por crimes contra a saúde pública.

“Ao adquirir este tipo de produto, a pessoa, além de estar consumindo o THC [tetrahidrocarbinol], está ingerindo outros produtos químicos. Imagina o mal que isso faz para a pessoa. Por isso temos que reprimir este tipo de modalidade criminosa. Porque além da questão criminal, é também uma questão de saúde pública muito séria”, finalizou Rezende, adiantando que as autoridades policiais pedirão que todos os sites, perfis em redes sociais e publicações associadas à oferta do óleo sejam retirados do ar.

O THC, junto com o canabidiol (CBD), é um dos compostos da Cannabis sativa, estudado tanto por suas propriedades psicoativas, quanto por seu potencial terapêutico.

Edição: Denise Griesinger

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A vítima do homicídio ocorrido nesta quarta-feira (24) à tarde, na Avenida Santa Catarina, no Jardim Apucarana, em um lava car local, foi identificada como Bruno Aleikseivz, de 22 anos. Ele foi alvejado fatalmente enquanto levava sua moto para lavar no estabelecimento.

Segundo relatos, o jovem estava dentro do estabelecimento quando foi surpreendido por disparos efetuados por dois indivíduos que estavam em uma Motocicleta Yamaha Factor de cor vermelha. Eles efetuaram entre 25 a 30 disparos de pistola calibre 9mm contra a vítima. Os tiros o atingiram, resultando em ferimentos graves que culminaram em sua morte.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, porém, ao chegar no local, a equipe avançada constatou o óbito de Bruno Aleikseivz. A Polícia Militar isolou a área para preservar as evidências até a chegada da Polícia Civil e da Criminalística, que iniciaram os trabalhos de investigação para elucidar o crime e identificar os responsáveis pelos disparos fatais.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana para os procedimentos necessários.

A Polícia Civil de Apucarana é implacável em investigar, identificar e prender os autores de homicídios na cidade, que possui um dos maiores índices de inquéritos concluídos, com autoria identificada, do país. A corporação permanece dedicada à investigação do caso, com o objetivo de capturar o autor ou autores deste ato de violência que resultou na morte do jovem, que possuía diversas passagens pela polícia.

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Na tarde desta quarta-feira (24), uma operação da Equipe de Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (ROCAM) resultou na prisão de um homem de 33 anos no bairro Fariz Gebrim, em Apucarana.

Durante um patrulhamento de rotina pela região, os policiais avistaram um indivíduo conhecido no meio policial, com histórico de passagens por furtos qualificados. O suspeito havia sido detido na segunda-feira anterior em flagrante por furto, mas foi liberado da prisão na data de hoje, por volta das 11 horas da manhã.

No entanto, ao realizar consultas nos sistemas de segurança, a equipe constatou a existência de um mandado de prisão ativo contra o indivíduo por furto qualificado. Agindo rapidamente, os policiais efetuaram a abordagem e o detiveram sem maiores incidentes.

O homem foi encaminhado ao Mini Presídio de Apucarana, onde o mandado de prisão foi cumprido de forma integral. Esta ação demonstra o compromisso das forças de segurança em garantir a ordem e a tranquilidade da comunidade, atuando de forma eficaz para retirar de circulação indivíduos que representam risco à sociedade.

A Polícia Militar reitera seu compromisso com a segurança pública e continua vigilante na identificação e captura de criminosos, colaborando assim para a manutenção da paz e da justiça em Apucarana e região.

 

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Imagem por:Caio Andrade/Canal 38

O SAMU atendeu um atropelamento na tarde desta quarta-feira (24), no cruzamento da Rua Gavião Preto com Garrincha do Mato Grosso. De acordo com informações, uma senhora de 55 anos estava atravessando a Rua Garrincha do Mato Grosso quando foi atingida por um veículo Zafira que estava na Rua Gavião Preto, tentando fazer a curva para entrar na via.

Foto: Caio Andrade/Canal 38

O condutor do veículo afirmou ter tentado frear, porém, não conseguiu parar completamente, resultando no atropelamento da senhora. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestou os primeiros socorros à vítima, encaminhando-a para a Santa Casa. A senhora sofreu um provável Traumatismo Cranioencefálico (TCE), sendo seu estado considerado grave.

É importante ressaltar que, no momento do acidente, moradores que tentaram chamar as equipes do SAMU enfrentaram dificuldades, pois o serviço de emergência, o número 192, estava fora do ar. A Defesa Civil foi acionada primeiramente e fez o chamado ao SAMU, garantindo assim a assistência necessária à vítima. A Polícia Militar também esteve presente no local para registrar o boletim de trânsito e auxiliar nas medidas necessárias.

Além do ocorrido, foi constatado que o veículo envolvido no acidente estava em situação irregular, o que levou à sua apreensão pela 7ª Companhia Independente da Polícia Militar (7CIPM).

Este acidente reforça a importância da conscientização e do respeito às normas de trânsito, bem como da manutenção adequada dos veículos, visando prevenir acidentes e proteger a vida de todos os usuários das vias públicas.

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“Entrar com uma ação sem provas substanciais é uma empreitada arriscada que pode resultar em consequências indesejadas. Em um sistema jurídico justo e equitativo, a evidência é a âncora que sustenta as reivindicações e guia o curso da Justiça”, disse o advogado Paulo Martins do Canal 38.

Na última decisão de trânsito em julgado proferida pelo Juizado Especial Cível de Apucarana, um caso envolvendo a utilização de uma imagem em uma matéria jornalística foi analisado minuciosamente. O processo trouxe à tona questões importantes sobre os limites do direito à imagem e o papel da imprensa na divulgação de informações.

A ação, movida por um funcionário da empresa da família do prefeito Junior da Femac contra a empresa do Site do Canal 38, buscava indenização por danos morais devido ao uso considerado indevido de sua imagem em uma notícia publicada pela empresa. Alegava-se que a foto utilizada havia sido tirada do perfil pessoal do funcionário em uma rede social e não tinha relação com os fatos narrados na matéria.

No entanto, a decisão do Juizado Especial Cível julgou improcedente o pedido de indenização. O juiz responsável pelo caso argumentou que a imagem utilizada pela empresa estava editada, tornando impossível a identificação clara da pessoa retratada. Além disso, ressaltou que o uso da imagem teve cunho informativo e jornalístico, buscando informar o leitor sobre questões de interesse público, como afastamento de prefeito e cassação de mandato por improbidade administrativa.

A análise do conjunto probatório levou à conclusão de que o autor não conseguiu comprovar os fatos constitutivos do seu direito à indenização por danos morais. Ainda que a imagem utilizada fosse relacionada ao autor, não houve exposição do rosto na matéria, e a foto foi retirada de uma postagem da empresa objeto da notícia, datada de época em que já havia denúncias relacionadas aos fatos narrados na matéria.

A decisão judicial citou precedentes que destacam a importância do direito à informação e a necessidade de ponderação entre direitos fundamentais. No caso em questão, prevaleceu o interesse público na divulgação das informações, não sendo configurado dano moral passível de indenização.

O desfecho desse caso traz à tona reflexões importantes sobre os limites do direito à imagem, a liberdade de imprensa e a proteção dos direitos fundamentais. A decisão judicial ressaltou a importância de analisar cada caso de forma cuidadosa, considerando os diversos aspectos envolvidos e buscando o equilíbrio entre os direitos em conflito.

Segundo o Advogado Paulo Martins, que capitaneou a defesa do Portal de Noticias do Canal 38, “Entrar com uma ação sem provas substanciais pode ser comparado a navegar em águas desconhecidas sem uma bússola. É uma empreitada arriscada que pode resultar em consequências indesejadas. Em um sistema jurídico justo e equitativo, a evidência é a âncora que sustenta as reivindicações e guia o curso da Justiça”, informou.

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Imagem por:Lucas Leal/Canal 38

A vítima do homicídio ocorrido nesta quarta-feira (24) à tarde, na Avenida Santa Catarina, no Jardim Apucarana, em um lava car local, foi identificada como Bruno Aleikseivz, de 22 anos. Ele foi alvejado fatalmente enquanto levava sua moto para lavar no estabelecimento.

Segundo relatos, o jovem estava dentro do estabelecimento quando foi surpreendido por disparos efetuados por dois indivíduos que estavam em uma Motocicleta Yamaha Factor de cor vermelha. Eles efetuaram entre 25 a 30 disparos de pistola calibre 9mm contra a vítima. Os tiros o atingiram, resultando em ferimentos graves que culminaram em sua morte.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, porém, ao chegar no local, a equipe avançada constatou o óbito de Bruno Aleikseivz. A Polícia Militar isolou a área para preservar as evidências até a chegada da Polícia Civil e da Criminalística, que iniciaram os trabalhos de investigação para elucidar o crime e identificar os responsáveis pelos disparos fatais.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana para os procedimentos necessários.

A Polícia Civil de Apucarana é implacável em investigar, identificar e prender os autores de homicídios na cidade, que possui um dos maiores índices de inquéritos concluídos, com autoria identificada, do país. A corporação permanece dedicada à investigação do caso, com o objetivo de capturar o autor ou autores deste ato de violência que resultou na morte do jovem, que possuía diversas passagens pela polícia.

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Imagem por:Reprodução

Uma tragédia abalou a Polícia Militar (PM) e a população do Paraná nesta quarta-feira (24). A soldado Ana Clara Barreto perdeu a vida em um acidente de trânsito ocorrido na BR-369, próximo a Cornélio Procópio, no norte pioneiro do estado. Além da soldado Ana Clara, outras três pessoas ficaram feridas, incluindo dois policiais militares.

O acidente ocorreu por volta das 9h da manhã, quando um veículo Chevrolet Corsa, ocupado pelos policiais, colidiu violentamente com uma caminhonete Ford F1000. As circunstâncias exatas do acidente ainda estão sendo investigadas pelas autoridades competentes.

Ana Clara não resistiu aos ferimentos e veio a falecer no local do acidente. Os dois policiais que estavam com ela no veículo sofreram ferimentos graves e foram encaminhados para atendimento médico urgente. O motorista da caminhonete também ficou ferido e recebeu os devidos cuidados médicos.

O falecimento da soldado Ana Clara Barreto representa uma grande perda para a corporação da Polícia Militar e para toda a comunidade. Ela dedicou sua vida ao serviço público e deixa um legado de coragem, dedicação e profissionalismo.

Neste momento de profunda tristeza, expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho da soldado Ana Clara. Que encontrem conforto e força para enfrentar esse momento tão difícil.

As autoridades seguem investigando as causas do acidente e prestando todo o apoio necessário às vítimas e seus familiares.

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Imagem por:IMAGEM ILUSTRATIVA

Uma situação de estelionato foi relatada à Polícia Militar na cidade de Califórnia, Paraná. Segundo informações prestadas fato ocorreu na rua João Gasparetto, no centro da cidade.

De acordo com o relato do denunciante, no dia 22 de abril, por volta das 12h, ele iniciou a negociação de um videogame Playstation 4 Slim com uma pessoa na rede social. A negociação foi realizada por meio de um anúncio no Facebook.

Durante a transação, a vítima realizou duas transferências totalizando R$ 1.238,30 para o vendedor. No entanto, após receber um código de rastreio da encomenda, constatou que se tratava de um código inválido. Ao tentar contatar o vendedor, não obteve resposta, o que levantou suspeitas de que havia sido vítima de um golpe.

Diante dessa situação, ele compareceu ao destacamento da Polícia Militar em Califórnia para registrar a ocorrência e relatar o ocorrido. A PM fez orientações sobre os procedimentos a serem adotados diante desse tipo de situação.

ALERTA
O estelionato, que envolve a obtenção de vantagem ilícita por meio de fraude ou outro meio ardiloso, é uma prática criminosa que prejudica a confiança e a segurança das pessoas nas transações comerciais. As autoridades policiais alertam para a importância de verificar a idoneidade dos vendedores e estar atento a possíveis sinais de golpes ao realizar compras pela internet ou por meio de redes sociais.

A polícia segue investigando o caso e orienta que outras vítimas de situações semelhantes procurem as autoridades para registrar denúncias e contribuir para a identificação e punição dos responsáveis por esses crimes.

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Imagem por:IMAGEM ILUSTRATIVA

Bispos defendem que Estado deve favorecer a reinserção de presos

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota na qual pede ao Congresso Nacional que mantenha o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que acaba com as saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas.

O veto presidencial vale apenas para detentos que já estão em regime semiaberto, mantendo proibida a saidinha para condenados por crimes hediondos e violentos, como estupro, homicídio e tráfico de drogas.

A legislação atual permite aos presos no semiaberto, que já cumpriram um sexto do total da pena e que têm bom comportamento, que deixem o presídio por 5 dias para visitar a família em feriados, estudar fora ou participar de atividades de ressocialização.

“A CNBB manifesta ao Congresso Nacional, em consonância com sua tradição explicitada na doutrina social da Igreja e com os objetivos do sistema penal brasileiro, que o veto parcial submetido aos parlamentares para avaliação seja mantido”, diz a nota divulgada na terça-feira (23) pela confederação.

Premissas da Igreja
A CNBB lembra que “a Doutrina Social da Igreja reconhece a legitimidade do Estado para infligir as penas proporcionais à gravidade dos delitos. Ao lado dessa dimensão, o sistema estatal deve favorecer a reinserção das pessoas condenadas e promover uma justiça reconciliadora”.

“A legislação brasileira tem as mesmas premissas de reinserção gradual de nossas irmãs e irmãos na sociedade. As saídas temporárias no decorrer do cumprimento da pena respondem a essas premissas”, diz a nota.

A mensagem da CNBB finaliza com uma citação do Papa Francisco: “Nunca sufoquem a pequena chama de esperança. Reavivar esta pequena chama é dever de todos. Cabe a toda a sociedade alimentá-lo, fazer de forma que a penalidade não comprometa o direito à esperança, que sejam garantidas perspectivas de reconciliação e de reintegração. Enquanto os erros do passado são remediados, não se pode cancelar a esperança no futuro”.

Antes de ser sancionado pelo presidente da República, o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. A parte da lei que foi vetada será reavaliada pelo Congresso, que poderá derrubar o veto do presidente.

Edição: Fernando Fraga

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